domingo, 25 de janeiro de 2009

sábado, 17 de janeiro de 2009

cade arnaldo?





























passoga-te

Alguém acabou de sair pela porta da frente. Deixou-me a ver navios mais uma vez. É sexta - feira e o fim de semana já começou, cheio de festas, comemorações e encontros, os quais não irei comparacer nem dar o ar de minha graça. Nunca fui de frequentar baladas ou sair desgovernada com amigas, porém o que não sentia 'falta' no passado, hoje já sinto e tal 'falta' começou a me deixar raivosa: observar outrem me deixar em casa assistindo televisão nos finais de semana não é coisa pra mim, pensei. Era hilário, ele nunca me pegou na mão e levou as suas farras, eu nunca soube o que ocorria nos encontros, no entanto ele não gostava de meus amigos e consequentemente não gostava que os encontrassem. Afinal, ele sempre me 'abandona' e ruma o caminho de suas festas, as quais eu nunca fiz parte e nos planos dele nunca farei. Honestamente, esse tipo de situação não me pertence...mais.
No início eu não costumava me importar, seu discurso revestido de sinceridade me deixava segura de mim mesma. As ligações no meio da madrugada eram minha salvação. Logo após de seu fulano sair para não sei onde com amigos que mal conhecia, chegava em casa e ligava para mim. Coitada, esperançosa, esperava por suas chamadas como um cão espera por seu dono ainda no portão da frente - seus olhos caídos demonstrando tristeza ao passar seu dia num estado tão despresível. Ainda no início dessa cruel estória, estava sóbria das circunstâncias que me guardavam, o nariz ainda carregava orgulhoso do seu mais novo donativo. Mostrava-me para todos ao lado daquele que todas desejavam, se invertermos a situação o resultado será o mesmo. Éramos pura fachada, mas conseguíamos algo precioso.
Enfim, estava sóbria e demente, não refletia nada após um palmo do meu nariz, foi dessa maneira que mantemos 'essa coisa'. Quando, por fim, cansei de tal situação: todos os finais de semana era a mesma coisa, abandono, esperança nos olhos e salvação. Cansei.
Uma vez cansada, embriaguei-me pela primeira vez e no chão de meu quarto estava imóvel, perplexa e sozinha. O João foi meu primeiro trago, seis tragos na verdade, seis delirantes tragos. Com ele estava leve, raivosa, porém tranquila. Naquela sexta-feira cantei Vitória, Georgia e Prazeres e todas elas me atenderam. Então percebi que não poderia viver mais aquela angústia desnecessária. Enquanto alguém se divertia às minhas custas, estava eu sentada na frente de impropérios.
Fui libertada por hipnose e me senti feliz. Depois de liberta, prometi a mim mesma que nunca mais me abandonaria como fiz por tanto tempo. Não haveria mais finais de semana tolhidos se quer dias de semana.
Alguém acabou de sair pela porta da frente, deixou-me sozinha com o rosto pintando, sapatos vermelhos e vestido decotado, fui ao seu encontro, Oh liberdade. Olhei pra trás e num ato impensado, perguntei aos céus por que ele não dividia comigo seus momentos de descontração? Por que não me levar para conhecer seus amigos? Por que não me oferecer o primeiro trago? Não obtive respostas, caminhei e repeti pela última vez 'aquela situação não acontecerá mais'.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

todos os dias nascem heróis

Hoje nasce um herói, dentro de mim.
É costume heróis surgirem de nuvens brancas, voando entre os tantos arranhas-céu das metrópoles. Nessa quinta-feira nasceu mais um superman, vindo, logicamente, do céu.
Chelsey B. "Sully" Sullenberger é piloto de avião há mais de quarenta anos e consagrou-se um verdadeiro herói nessa tarde, quando assumia o controle do avião Airbus A-320, da US Airways, que partiu do aeroporto de LaGuardia, em Nova York, rumo a Charlotte na Carolina do Norte.
O avião não conseguiu ficar dez minutos no ar, uma explosão do lado esquerdo deixou os passageiros em desespero, até que o nosso herói usou palavras reconfortantes e tranquilizou todos que ali se encontravam. Certamente a confusão foi causada por pássaros que adentraram na turbina do avião, impossibilitando a continuação do voo. Sully fez uma manobra e pousou nas águas do rio Hudson. Isso sim é um milagre.
Na verdade, toda essa história me faz lembrar do meu herói. Ambos heróis, o meu e o de NewYorkCity possuem trajetórias semelhantes. Meu herói primeiro, maior, alvo, manso é piloto há mais de quarenta anos e todos os dias voa por entre janelas e portas e corações como o faz magistralmente no céu. Não salvou 155 vidas de uma única vez, porém me tira do transtorno matinal quando calmo caminha pela casa sem pretensão de calçar os sapatos e sair mundo afora. Sem sua presença, sei, nada seria. Afirmo com todas as palavras e soleto letra por letra, só pra dar mais ênfase ao que ja é óbvio.
Quando aborrecido me maltrata da maneira mais doce possível, faço dele o que quero e esse é meu 'maior' orgulho. Comandante de meu caminho, segue a vida tranquilo, assiste meus passos admirado, escondendo vaidade e sorrindo calado. Voando cada vez mais alto.

sábado, 10 de janeiro de 2009

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Dias de janeiro


Dias de janeiro, calor demais
Dias de janeiro, olha como faz
Esquentam, é tão bom estar no mar
Amo você, amo você
Talvez não seja o certo
Amo você demais
Eu vou sair
Vou ficar só
Si o ré diz mi
Fa si li dó
Otto

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

dois zero

Cresci(mento). Aprendi algumas coisas com a vida, outras não consegui apreender por pura ignorância. Confesso teimosia, orgulho e vaidade. Corri muito, fui a primeira nas pistas e nas águas. Suei durante o percurso, mas sorri essas vitórias. Cantei esperança. Chorei desilusões. Falei outras línguas, gritei outros sons. Sonhei outros mundos. Simpatizei sorrindo inocentemente. Ganhei presentes valiosíssimos, outrora os perdi. Tive alguéns, perdi alguéns. Senti a dor. Solucei profundo. Respirei e esqueci. Reatei laços. Lutei amizades. Gargalhei lindamente. Fui a mais feliz nesse mundo. Inventei amor. Dancei saudade. Assisti o fim. Interpretei leitura. Escrevi errado e me dei mal. Escolhi certo. Fui traída pelo traidor. Errei completamente. Lutei e não venci. Remei fé. Apontei mar. Sobrevivi acasos. Perdoei sapos. Desacreditei no maior. Tive medo da chuva. Coração ganhou cisto. Sobrei pouco. Ganhei desespero. Libertei o pássaro. Bebi cachaça. Cometi um pecado. Fui ao céu. Voltei ao além. Várias vezes. Curei feridas. Eternizei cicatrizes. Saudei o passado. Ignorei o presente. Imaginei o futuro. Pulei o samba. Carnavalizei ladeiras. Elevei minh'alma. Conversei besteiras. Pintei o palhaço. Idealizei segredos. Sussurrei no escuro. Envelheci na mocidade. Sofrimento é coisa séria. Agradeci pela melhor dádiva. Aquela que não houve troca. Copiei sem querer, querendo. Busquei irmandade. Importei doces. Inviei mensagens. Chicoteei a vida.
Cresci(mento). Tenho medo. A fruta amadurece. Ganho as ruas. Confesso infinito amor, jornais desarrumados e livros empoeirados. Musico a mente. Dedilho o caminho. Sonho profundo.
Adaptar-me-ei!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

The drugs don't work

All this talk of getting old
It's getting me down my love
Like a cat in a bag, waiting to drown
This time I'm comin' down

And I hope you're thinking of me
As you lay down on your side
Now the drugs don't work
They just make you worse
But I know I'll see your face again

But I know I'm on a losing streak
'Cause I passed down my old street
And if you wanna show, then just let me know
And I'll sing in your ear again

'Cause baby, if heaven calls, I'm coming, too
Just like you said, you leave my life, I'm better off dead

But if you wanna show, just let me know
And I'll sing in your ear again

I'm never going down, I'm never coming down
No more, no more, no more, no more, no more.

The Verve