quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Aos 27


Volto aqui aos 27. Confesso que li alguns textos e me emocionei com a riqueza de memórias que esse singelo blog guarda. Vontade é de não se desfazer jamais. Por isso, volto aqui para escrever memórias recentes e estabelecer novo vínculo, mesmo que seja breve e imediato.

Volto aqui aos 27. Idade da maturidade. Sobriedade. Idade de dores, reflexões, mágoas. Mas, sobretudo, idade de recomeços. Iniciei meu 27º existencial acreditando que faria de 2016 o melhor de todos os tempos. No entanto, foram dois meses de intensa dor. Relembrei a perda, o vazio no peito e constatei que nada nem ninguém poderia me ajudar a superar as mágoas. Eu, dona de mim, teria que levantar a cabeça e seguir sozinha. Buscar felicidade. Encerrar ciclos é super complicado e exige maturidade. Negar sentimentos também. Tudo aconteceu porque errei. Fiz escolhas erradas e paguei o preço. Caro.

Uma vez tive um grande amigo que se transformou amor. Não de caso pensado. De acaso vivido e rememorado. O problema é que amizade, daquelas verdadeiras, não esconde segredo e todas as cartas estão expostas na mesa, sem reservas. Sabíamos tudo um do outro e, apaixonados, nos aventuramos em uma história que não acabaria em final feliz. Não sabíamos, porém, que o destino nos reservava algo doloroso. Vivemos intensamente. Descobertas. Paixões, olhares, confissões. Cumplicidade. Promessas de amor eterno. Acreditamos, desiludidos. O problema é que sabíamos demais. E o por saber demais o amor converteu-se em desgaste. Cobranças. Desconfianças. Aquele relacionamento abusivo. Não era feliz e não sabia. Dei murro em ponta de faca diversas vezes acreditando que estava certa em arriscar mais uma vez aquela relação.

Foi-se então o término. Surpreso e doloroso. Reaprendi como é ser sozinha e enfrentar meus demônios by myself. Foi aí que o vazio se transformou em cheio e eu me redescobri em corridas. Longas distâncias para pensar bem muito na vida, nos erros e acertos e recomeçar a jornada. Me vi estabelecendo novas metas e as alcançando. Misto de encantamento e superação de minhas próprias limitações.

De fato, os 27 não começaram como eu imaginei e o rumo que ele tomou me surpreende a cada novo sol que surge. De fato, aquele desejo de fazê-lo o melhor vem se tornando, cada dia, uma realizada tangível. Que assim o seja até o sol de dezembro chegar e a nova aurora dos 28 surgir.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Sobre o tempo que passa

E o tempo que falta. Para tomar um sorvete no final da tarde sozinha, com as amigas, com o namorado. Para apreciar o pôr do sol, o nascer do sol e não se sentir cansada pelo dia exaustivo de trabalho. Para ler um bom livro, uma reportagem que é assunto da semana ou uma revista sobre fofoca. Para deitar na cama e escutar um bom CD, pensar na vida e chorar as dores do passado. Para abraçar a mãe, o pai, avó, o avô. Para saber da vida dos queridos, para contar sobre sua própria vida. Ouvir e falar é uma dádiva.

O tempo passa e falta sensibilidade para amar mais. Para sentir mais. Para tonar público o que está escondido. O tempo passa. Esquece-se o que não foi dito. Para assistir ao filme da vez no cinema, para rever um clássico. Para se viciar em uma série e colocar em dia os episódios do programa preferido. Para fazer a tarefa de casa com o filho. Para fazer compras no shopping. Para ir na balada do final de semana. Para tomar todas e ser inconsequente (uma vez na vida não vai fazer de todo mal).

Para descansar. Para andar descalço na rua. Para passear de bicicleta pela cidade. Para praticar um esporte. Para confraternizar com os novos e os amigos de sempre. Para se sentir sozinho. Para ir ao médico. Para cuidar do próximo. Para planejar uma viagem. Para, de fato, viajar. Para conhecer novas pessoas. Para cozinhar para a família. Para fazer um jantar para os amigos, um jantar romântico. Para elaborar algo gostoso para saborear sozinho enquanto assiste à programação Telecine.

Para rir sem reservas. Para namorar. Para assistir ao jogo do Brasileirão no domingo à tarde. Para escutar rádio. Para tomar um café, um milkshake. Para olhar o mundo e descobrir novos ângulos. Para desvendar algo. Para chorar. Para amar. Para cuidar. Para ser. Mais feliz.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

23

Ao som de The End, The Doors


O fim também é o começo. E foi dessa forma que eu encarei o mês de dezembro de 2011. Naquela época, eu nem sequer sabia que o período era transitório - como tudo nessa vida. Noiada que sou pensei apenas no final. Na parte mais dolorida. Frustrada. Decepcionante. Passou - como tudo nessa vida. Eu travei uma guerra fria comigo mesmo e achei que umas das partes já havia vencido. Foi só uma batalha, mas eu não sabia e não posso condenar o meu eu  da época por ter mente limitada. (Como da vez que não pretendia me candidatar à bolsa de intercâmbio por acreditar que não passaria). Meu eu do passado costuma me envergonhar até hoje. Mas ele passou, tornou meu eu do presente, que amanhã será superado pelo meu eu do futuro, mais maduro.

Engraçado que esta semana me tomaram por "uma pessoa experiente". Engraçado que eu acreditei na afirmativa por achar que os últimos 10 meses serviram por dois anos. Aqui seguem eles:

Sobriedade, antes de tudo

Existem possibilidades

De jornalista sonhadora, me transformei em jornalista diplomada

Assinei a carteira de trabalho

Virei gente aos olhos da sociedade vil

Mais cabelos grandes (brancos)

Mais crises de coluna

Três meses do melhor que pude ter até hoje

Fiquei de boa pela primeira vez em anos

Shows: criolo, marcelo jeneci, lenine, arnaldo antunes, paul mccartney...


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

22

Aos vinte e dois anos consegui o emprego dos meus sonhos

Fiz de cada dia um começo

E a continuação do ontem para amanhã

Me senti realizada

Quis parar o tempo

Sofri ao reconhecer que ele não para, só corre

Tive medo do futuro

Celebrei o passado e presente - every single day

Trabalhei domingos e feriados e me senti feliz por isso

Conheci a melhor jogadora do mundo, a rainha Marta

Fiz a cobertura de Pelé e o vi de perto

Tive a minha primeira crise de coluna (nunca pensei que sentiria dor maior que cólica)

Encontrei o primeiro cabelo branco

Apresentei meu TCC - Yane em cinco atos

Me formei em jornalismo

Antes de me formar, tive a satisfação de preencher o lugar "profissão" num formulário qualquer

Li o blog do desilusões perdida e me senti inserida no grupo que sempre quis integrar

Descobri "as crônicas de gelo e fogo" o meu harry potter da vida adulta (até então)

Aprendi com muitas pessoas

Me decepcionei com tantas outras

Aprendi, na marra, a ser mais forte

Fortaleci velhas amizades (bruna, bianca, luisa, camila, renata, lia, carol)

Reencontrei o amor da minha vida

Chorei na virada do ano

Lamentei a chegada dos 23 anos








i'm back

Após um ano e dois meses (se não estou enganada) resolvi voltar a escrever no blog. Na realidade poderia ser outro blog, ou esse mesmo, ou um diário, um papel solto. Algo em que eu pudesse - e me sentisse à vontade - escrever sobre o que desejar. Senti a necessidade de voltar a escrever algo pessoal. E quando eu digo pessoal, refiro-me a um texto bem individual para EU ler isso daqui a alguns anos e lembrar de sensações que podem ficar perdidas se eu não registrar de fato. Depender da memória depois de certa idade é perigoso demais. Ainda mais quando se tem 23 anos e já sente as mudanças no corpo gritarem (drama).

Enfim, bobagens à parte. Eu precisava começar explicando porque voltar depois de tanto tempo com isso aqui parado. Simplesmente desejei. Passei um ano maravilhoso (2011) e precisava colocar isso no papel (vulgo blog).

Here i go

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Taiana, princesa do sol



Terça-feira (09) fui à faculdade pela manhã cumprir minhas tarefas de monitora da disciplina de jornalismo online. Como já sabia, todas as terças minha ex-turma tem aulas de seminário (alguma coisa). Aproveitei a oportunidade e visitei uma grande amiga, Taiana. Ela é resultado dos meus primeiros anos na faculdade de jornalismo, umas das pouquíssimas amizades que herdarei quando, finalmente, me formar. Conversamos por não mais de 15 minutos, bem estilo drive thru, colocar o que tem de mais urgente em dia e voltar para nossas obrigações. Foi então que descobri que estou com muitas saudades de jogar tempo fora e falar mal do povo. Haha

Taiana é a personagem principal desse post. Ela é tão importante, mas tão importante que nem sabe. Lembro dos nossos intervalos sentadas no hall principal do bloco B, observando o povo passar, sempre cumprimentando os professores que iam ou voltavam das aulas. Hahaha Aquele cantinho é testemunha de nossos planos, frustrações e óbvio, muita fofocagem!!
Taiana é meio estranha, mas quem não é, né verdade? Ela é bem simples, conversa com quase todo mundo, mas tem um carisma incrível! Ela não precisa ser simpática para conquistar as pessoas ao seu redor, e isso sinceramente, é um dom. Assim como a maioria das pessoas, Taiana sonha. E na condição de sua amiga, arrisco dizer que viver na Europa, em Londres mas especificamente, speaking English, é o seu maior desejo. Pode ser na Espanha, aí ela também poderia aprimorar seu español.

Como toda amiga que se preze, eu confio nas habilidade de Taiana. Ela será uma jornalista diplomada, no entanto, eu garanto que ela vai ganhar a vida com uma das coisas que mais merece seu interesse: ensinar línguas estrangeiras e virar poliglota (só falta mais uma, viu!) Também lembro das tardes boas na Compesa, que muito mais do que trabalho, conversávamos sobre tudo e mais um pouco. Vai não vai eu percebo, conversando com meu botões que"nos últimos meses Taiana foi a pessoa com quem eu mais conversei, seja na faculdade, seja na Compesa ou em qualquer outro lugar". E isso explica que o laço que já havíamos construído só se fortaleceu...

Ela também é engraçada! De vez em quando chega com uns jargões gays que eu adoro, além de propagar ditados populares que todos deveriam seguir como "abstrai e finge demência", a vida seria bem mais agradável se as pessoas dessem uma de ALOKA, não é verdade? Admiro a paciência e perseverança com que ela lida com as pessoas. Conviver nem sempre é fácil!

Escrevo esse singelíssimo texto como forma de homenagear minha queridíssima amiga que faz 22 anos amanhã, 11 de novembro de 2010. Aproveitei a saudade que senti (afinal, para quem tinha uma tarde inteira, 15 minutos é nada) e junto com a data feliz de hoje, Tai recebe um espaço só dela no meu blog, olha que honra. Hahaha Desejo uma vida de suce$$o, muita pegação, cursos de toda qualidade,muito álcool, sexo e rock n roll.

Beijos, te dedico.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Hermanos are back, but just for one night


Los Hermanos teve um ideia estúpida de estabelecer um recesso por tempo indeterminado. OK, pode pedir pinico e entrar de férias. Tempo e dinheiro não é problema. E os fãs também não se importam, portanto que novidades surjam de outros projetos individuais ou com outros grupos. Foi assim que aconteceu, cada hermano seguiu seu rumo. Marcelo trabalhou num álbum solo, bonito, inspirador. Rodrigo inovou e foi tocar no estrangeiro. Até onde sei, Medina participou do último álbum de Adriana Calcanhoto e do meu favorito Barba, não sei por onde andou, mas deve ter obtido sucesso em seus planos.

Ano passado a banda voltou "apenas" para abrir dois shows do Radiohead, um no Rio de Janeiro, outro em São Paulo. Até aí eu lamentei não ter a oportunidade de vê-los "pela última vez", sabendo que aquela seria uma despedida minha com a banda, que me proporcionou tantos momentos legais.

Então, enfim, no início de 2010 chega a notícia que os meninos vão fazer um show em Recife e Salvador, coisa exclusiva. Fiquei tão feliz que na hora de comprar os ingressos tive surto. Eu contei todos esses fatos para justificar meu atual estado de espírito em relação ao episódio mais esperado da semana (acho), partindo do princípio que não é toda semana que se pode assistir "Condicional" na voz de Rodrigo Amarante ao vivo.

Próxima sexta vou sair da faculdade e me arrumar para o show dos Los Hermanos no Centro de Convenções, eu nem estou tão empolgada assim, para falar a verdade. Apesar de nos últimos dias eu ter escutado músicas dos quatro CDs da banda. Mas o que faz essa coisa toda ser tão estranha é a vinda deles para cá do nada. E a permanência daquela história de recesso por tempo indeterminado continuar...

Fica a ansiedade não de encontrá-los novamente, mas acima de tudo, daquela sensação boa de gritar o Velho e o Moço, de me emocionar como aquele que foi o melhor show da vida.
E quando no início do texto eu disse que ideia foi estúpida, foi no sentido de banalizar esse recesso com voltas para animar o público, ganhar dinheiro fácil e garantir o resto do ano. Na realidade eu adoro a banda, as músicas queria ter uma visão menos iludida de tudo isso.
Esperemos!


Desabafo total, mas super espero que sexta seja uma grande noite.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

o verdadeiro sentido de um feriadão

Há três dias em casa "sem fazer nada". Sem fazer nada é sacanagem, porque eu fiz diversas coisas legais e produtivas, o que chamo de não fazer nada é o ócio criativo. Depois de amanhã eu volto à rotina com estágio e faculdade, não reclamo, pelo contrário, até gosto bastante de estar ocupada durante o dia, me sinto útil e é tão bom se sentir assim. O vazio dos dias de ócio são mais desejáveis.

Então, três dias com tempo livre para assistir The Big Bang Theory (que eu pretendo terminar a terceira temporada de uma vez por todas e partir para as outras delícias de séries que estão na fila: Mad Men, House, Dexter e a quarta temporada dos nerds sem noção), terminar de ler Farenheit 451 e assistir meus filminhos que tanto prezo. Entre uma coisinha e outra, aproveito para tirar um cochilo depois do almoço, ler o jornal com calma, assistir TV, entre coisas legais que não tenho tempo durante os dias comuns.

Será esse o verdadeiro sentido de um feriadão? Pensar em nada se tornou tão fundamental, no entanto, pensar demais me deixa angustiada, como o bombeiro de Farenheit. Ainda tenho um dia para aproveitar e fazer nada e pensar.

domingo, 26 de setembro de 2010

Sobre como passar os dias em boa companhia

Estou ampliando meu círculo social. Amiguinhos imaginários, ou não...


quinta-feira, 29 de julho de 2010

definições...

Só porque minha vida está mais atualizada que página de portal nacional (comparação infame), decidi também atualizar o blog que é um apêndice querido da minha rotina.

Pronto, atualização definida.