terça-feira, 10 de setembro de 2013

Sobre o tempo que passa

E o tempo que falta. Para tomar um sorvete no final da tarde sozinha, com as amigas, com o namorado. Para apreciar o pôr do sol, o nascer do sol e não se sentir cansada pelo dia exaustivo de trabalho. Para ler um bom livro, uma reportagem que é assunto da semana ou uma revista sobre fofoca. Para deitar na cama e escutar um bom CD, pensar na vida e chorar as dores do passado. Para abraçar a mãe, o pai, avó, o avô. Para saber da vida dos queridos, para contar sobre sua própria vida. Ouvir e falar é uma dádiva.

O tempo passa e falta sensibilidade para amar mais. Para sentir mais. Para tonar público o que está escondido. O tempo passa. Esquece-se o que não foi dito. Para assistir ao filme da vez no cinema, para rever um clássico. Para se viciar em uma série e colocar em dia os episódios do programa preferido. Para fazer a tarefa de casa com o filho. Para fazer compras no shopping. Para ir na balada do final de semana. Para tomar todas e ser inconsequente (uma vez na vida não vai fazer de todo mal).

Para descansar. Para andar descalço na rua. Para passear de bicicleta pela cidade. Para praticar um esporte. Para confraternizar com os novos e os amigos de sempre. Para se sentir sozinho. Para ir ao médico. Para cuidar do próximo. Para planejar uma viagem. Para, de fato, viajar. Para conhecer novas pessoas. Para cozinhar para a família. Para fazer um jantar para os amigos, um jantar romântico. Para elaborar algo gostoso para saborear sozinho enquanto assiste à programação Telecine.

Para rir sem reservas. Para namorar. Para assistir ao jogo do Brasileirão no domingo à tarde. Para escutar rádio. Para tomar um café, um milkshake. Para olhar o mundo e descobrir novos ângulos. Para desvendar algo. Para chorar. Para amar. Para cuidar. Para ser. Mais feliz.

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