quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Voltei Recife...

Ah o Carnaval...

Para mim os quatro dias do Momo sempre foram de folia, daquelas que tem início ao meio dia e só acaba na madrugada, para no dia seguinte acordar e pular novamente. Gritar o hino do Elefante nas ladeiras de Olinda tem um gostinho especial, tudo é alegria e contemplação. O colorido das fantasias surge a cada passo.
E o carnaval do Recife? Esse nem se comenta, já emblemático, ele é multicultural. Vai dos maracatus na rua do Bom Jesus, aos blocos, aos shows de Otto, Lenine, Alceu, Arnaldo Antunes. Os artistas do quanta ladeira e suas paródias. E ainda a Noite do tambores silenciosos, que, vontade não faltou, mas a admiração fica para o próximo ano. Por final, de um encontro casual, escuto o instrumental que conheço de longe e tenho a surpresa fantástica de assistir ao show de um amigo e ficar imensamente orgulhosa.
Se não bastasse tanta coisa boa num único carnaval, ficou a lembrança de minutos eternos à margem do Capibaribe, o mesmo Capibaribe que corre solto atrás de minha casa.

Pois é, esse ano o Carnaval não foi só a folia, não para mim. Selou o reencontro da cidade, comigo, que estava longe e por pouco desconheci essa imensidão. O carnaval cumpriu sua melhor tarefa, mostrou a cultura de Pernambuco para quem não conhecia e até para quem conhecia mas por um momento se esqueceu.
Agora posso afirmar que voltei, voltei Recife! Posso continuar a viver em paz.

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