sábado, 10 de outubro de 2009

solitatis

Eu sinto saudade de sempre ter alguém pra me acordar. Mesmo que não seja uma hora boa, mas dá a sensação que alguém se importa com você a ponto de não deixar você perder a hora. Sinto saudade de acordar e a primeira coisa que tenho pra olhar é o papel de parede florido no teto do meu quarto. Sinto saudade de sair molhada de toalha do banheiro pro quarto e só ali me arrumar com a maior tranquilidade. Sinto saudade de cruzar a ponte da Capunga todos os dias. Sinto saudade do brega alto na comunidade vizinha. Como sinto saudade da paisagem nada favorável da minha janela. (Desejaria que o sistema do brasileiro fosse um pouco parecido com o daqui e no lugar dos barrocos eu visse casas bonitas e bem estruturadas) Sinto saudade de comprar doritos ou cheettos no posto ao lado da minha casa e cumprimentar Sr. Nilo que sempre foi muito simpático. Sinto saudade do abraço que nao dei em Sr. Joaquim que me viu nascer e também da foto que não tirei com Sr. Aloísio. Sinto saudade de dirigir o meu Renault cinza até ficar com a batata doendo de tão alta que é a embreagem. Sinto saudade de receber uma ligação de Bruna, como também sinto saudade de retornar as ligações quando eu bem quiser. Sinto saudade de assistir na televisão um programa que realmente goste. E também de assistir ao jornal com noticías que me interessam. De ler o caderno C do JC na poltrona marrom da sala. De ver as besteiras de Marcelo Adnet e os irreverentes do CQC. Sinto saudade de andar pela casa descalço e do meu short azul escuro. Do biscoito treloso e do sorvete da minha mãe. Sinto saudade de passar o final de semana com Cleonardo e esquecer o resto do mundo. Sinto saudade de ser acordada por Ciro quase todos os dias cedo da manhã. Sinto saudade de deitar entre as camas do meu avô e da minha vó e lá assistir um pedaço da novela. Sinto saudade de fazer questão de assistir Caminho das Índias com minha mãe. Sinto saudade dos mimos. Sinto saudade do abraço apertado, onde eu encaixo perfeitamente. Sinto saudade de comer na mcdonza, do macunaíma e do pin up. De ser a alegria da casa. De aperrear minha mãe. De brincar com minha vó e ter ciúme de meu blindo. De fazer planos com minha tia e de dividir os chocolates com meu primo. De receber uma reclamação ou um conselho sincero de alguém que se importa. De confabular manhãs inteiras com Taiana. De chegar na casa de Bianca e ouvir Pene gritar. E de Lígia. Sinto saudade de ir ao mercado da Boa Vista num sábado de sol com as minhas amigas jornalistas. E de 'passar frio' no Recife Antigo à noite. Sinto saudade de não saber o que é sentir frio. E sinto saudade de gargalhar alto e com vontade. Sinto saudade da minha rotina e dos meus queridos. Sinto saudade de cada pedacinho que deixei. Sinto saudade de vasculhar as fotos antigas da família quando bate a saudade do tempo que passou. Da Boa Vista da minha cidade, separada e com trânsito. Do capibaribe que cheira mal. Desejo do fundo do meu coração que um dia o cenário mude, mesmo que eu não esteja viva pra conferir as melhorias, mas que mude.
Tá bom, isso aqui já tá tomando outro rumo...
Em momentos como este desejo voltar para o meu lugar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ah Bisinha, lí o seu blog, lindo,lindo.Eu tembém sinto saudades dessa pessoinha que só veio alegrar nossa vida.Sinto falta de seu carinho, sinto falta de me preocupar quando voce sai a noite. Tenho saudade denão ter com quem reclamar porque dorme muito. Tenho saudade de tudo, principalmente do seu chamego e de sua cama vazia. Sinto saudade de seus agarrados, porque pela minha idade não sei quanto tempo ainda terei desfrutando desse seu carinho. Enfim, tenho saudade de você TODA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1

Unknown disse...

AI QUE SAUDADEEEEE!
te amo!!