Hoje tomei coragem e arrumei minhas coisas, na verdade eu sempre faço isso no final do ano, agora na faculdade, ao final de cada semestre: organizo as trocentas xerox de acordo com a ordem do programa da disciplina, as pastas e aproveito minha motivação e arrumo todo o quarto. Vantagem é a sensação de renovação e saber que tudo está limpo sem poeira. Então sempre acabo encontrando coisas perdidas, não tão perdidas, uma vez que eu, no passado, as guardei naquele determinado local que terminou por cair no meu esquecimento. Acabei encontrando fotos, cartas e até meus livros de quando era pequena e mal sabia ler. Bateu-me uma saudade e quis voltar o tempo, ser aquele eu novamente. Pareco ser outra pessoa. Já imaginei encontrar uma menina de dois anos quase sem cabelo, super simpática, correndo pela casa e falando coisas sem sentido, com seu Joãozinho de lado. Me pegaria no colo e certamente choraria por longos minutos, isso tudo com o pensamento fixo onde eu poderia ter acertado quando errei ou o que poderia ter feito de diferente e acabaria por mudar o rumo das coisas. Depositaria naquela garota de apenas dois anos toda responsabilidade de mudança que gostaria de fazer, talvez seja um sacrifício enorme para alguém que está aprendendo a falar.
Na realidade eu nem tenho muito do que reclamar, nao tenho do que reclamar definitivamente mas é a sensaçao que essa época do ano me traz, voltar o tempo, recomeçar e pior parece que tudo está caminhando para seu fim, o término de um ano, nao um ano apenas. Para mim é muito mais que um ano, é o fim de um eu e a esperança de um novo recomeço em que tudo se transforme...
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