Londres é definitivamente cinza! Do jeitinho que eu imaginava. É grandiosa! E não tenho vergonha nenhuma em dizer que em vários momentos eu tive vontade de chorar, e em alguns deles uma lágrima tímida correu meu rosto. Lembro cada detalhe e guardo cada lembraça para a eternidade.
Londres também é arte, principalmente é arte. Ver de perto artistas que eu só via em livros foi sensacional e mais uma vez eu me emocionei muito. Depois de ver Klimt, Picasso, Van Gogh, Matisse, Picarro chorei quando vi The Umbrella de Renoir. Queria aquele sentimento para toda a vida. O silência da National Gallery também era o meu silêncio dentro de mim e eu novamente me senti uma pessoa melhor, mais viva!
Lembro quando cheguei e tentei me acalmar, falando sozinha para mim mesma que tudo ia dar certo, eu ia passar pela imigração, responder as perguntas como quem responde um questionário de revista feminina. E foi assim mesmo que aconteceu. Estava calma, porém suava um pouco, respondi tudo com um sorriso simpático só pra disfarçar meu nervosismo. Lembro quando vi Camila sentada na frente do Burger King e naquele momento eu me senti tão aliviada e não dei um abraço forte porque ainda estava sob o efeito da euforia de passar pela imigração ilesa. Mas eu me senti tão bem, tão em casa. Depois de dois meses finalmente eu encontrei alguém conhecido, alguém com quem eu poderia contar pra qualquer coisa. Marília também me deu um abraço e eu me senti mais confortada. Queria ficar sozinha, só para sentir a sensação de estar aonde eu nunca imaginei. Foi aí que me sentei no ônibus que leva para a Estação Victoria, centro de Londres. A primeira música que escutei foi Iris de Go go dolls e eu prendi o primeiro choro. Primeiro veio a incapacidade de acreditar naquilo tudo que estava acontecendo, estar num lugar que eu nunca imaginaria estar, onde eu só acreditava estar nos meus sonhos e de fato estar ali. Passar de fotos, de mapas, de livros para o real é uma coisa muito louca, indescritível! Eu estava mais uma vez sozinha sentada no ônibus e aquele trecho gritava em meus ouvidos "when everything feels like the movies, you bleed just to know you're alive" meu choro traduz como sangue, pois por dentro eu senti o sangue transcorrer minhas veias, meu coração e eu me senti uma pessoa melhor, mais viva.
Eu sempre brinquei ao falar que ia chorar quando finalmente visse o Big Ben. Eu não chorei, mas prendi com força minhas lágrimas. Foram minutos de imensa felicidade, emoção. Se esses momentos não fossem registrados por fotos eu jamais acreditaria que aquilo de fato aconteceu comigo. Eu me senti tão imponente, é impossível eu expressar o que senti em palavras, mas foi tão bom, queria sempre estar de bem com a vida daquela forma. Foi transcedental! Me senti flutuar. Dividir esses momentos com amigas verdadeiras não tem preço, não tem.Londres também é arte, principalmente é arte. Ver de perto artistas que eu só via em livros foi sensacional e mais uma vez eu me emocionei muito. Depois de ver Klimt, Picasso, Van Gogh, Matisse, Picarro chorei quando vi The Umbrella de Renoir. Queria aquele sentimento para toda a vida. O silência da National Gallery também era o meu silêncio dentro de mim e eu novamente me senti uma pessoa melhor, mais viva!
Londres é tudo o que eu imaginei e muito mais, principalmente porque eu consegui sentir a cidade, consegui tocá-la com os dedo e com o coração. E que para sempre ela permaneça em mim.